terça-feira, 31 de março de 2020

WRC - Volkswagen Golf MK3 A59 poderia ter sido uma referência

Em 1992, a VW pediu à Schmidt Motorsport (conhecida na altura por preparar o AUDI V8 DTM que humilhou a concorrência em 1990 e 1991) para iniciar o desenvolvimento daquela que seria uma máquina infernal para o Grupo A e/ou Grupo N do WRC.

fonte: Luís Santos (Razão Automóvel)




Konrad Schmidt era chefe de equipa e tinha naquela altura um currículo invejável, pois esteve envolvido no programa de rally da Audi.

A VW não olhou a meios para o desenvolvimento deste carro, o motor 2.0 do GTI foi literalmente deitado para o lixo e foi desenvolvido um novo motor de 2 litros com 1.998cc (em vez dos 1.984cc do GTI) e com um turbo Garret T3. Foi criado um novo sistema de tracção às 4 rodas (próximo do sistema Haldex que a VW adoptou posteriormente no Golf R32, diferido do Syncro), a carroçaria era feita de uma mistura de carbono e kevlar, Roll Cage incorporada e os backets eram de competição. Só coisas boas!

Tudo isto resultava em 275 cavalos às 6.000 rpm, 370 Nm de binário às 3.500 rpm e os 0-100 km/h são cumpridos em 5 seg. Só para terem uma ideia, o VR6 2.9 tinha apenas 191 cavalos às 5.800 rpm, 245 Nm de binário às 4.200 rpm e os 0-100 Km/h demoravam 7,1 seg. Que diferença!

Era para ter uma produção de 2.500 carros para efeitos de homologação, mas em 1994 a VW mudou de ideias e decidiu acabar com aquele que podia ser o rei dos WRC na década de 90. Foram construídos e acabados dois protótipos, mas só sobreviveu um que está em exposição no museu Stifung da VW em Wolfsburg.

Se este carro tivesse sido produzido, aposto que seria uma lenda tão grande como o Lancia Delta Integrale, Ford Escort Cosworth, Mitsubishi Lancer Evolution ou o Subaru Impreza WRX.






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