A imaculada vitória de Ott Tänak no Rally da Suécia, com o piloto da Estónia a ser dos poucos da "linha da frente" que não tiveram qualquer escorregadela, coloca-lhe moralmente, num patamar jamais sentido pelo piloto da Toyota, num inicio de uma temporada no WRC: 47 pontos, uma vitória e um 3.º lugar.
Por Carlos da Silva
Os sete melhores tempos em especiais registados no Rallye de Monte-Carlo, o ritmo imprimido logo após o seu furo na prova monegasca e a sensação que é de momento o piloto mais rápido do plantel, a bordo de um carro que respira muita "saúde" em qualquer superfície que pise, dão-lhe garantias de sobra para o que ainda aí vem. Mesmo que ainda de forma muito prematura, arriscaria-se dizer que ele é a partir de agora que poderá ser principal alvo a abater?
Thierry Neuville (Hyundai) ficou a somente 2,2 seg. da vitória em Monte-Carlo e na Suécia "pisou" o risco por 3 vezes mas sem no entanto, "plantar" o carro sul-coreano na neve, ao contrário do seu arqui-rival Sebastien Ogier. Teve em Esapekka Lappi uma adversidade que certamente não estaria - para já, a contar com o piloto da Citroen a ter espaços uma preciosa ajuda de Ogier que certamente a seu tempo ser-lhe cobrada.
O Campeão do Mundo que vinha de uma suada vitória no "Monte" na sua estreia com o C3 WRC, estava a fazer uma prestação muito semelhante à de Neuville, até que uma saída de estrada numa zona sem público, "garantiu-lhe" automaticamente o primeiro resultado quase em branco numa prova desta temporada. É certo que tem os mesmos 31 pontos que tinha no ano passado e Neuville apenas menos um, mas Tanak tem mais 28, logo terão que correr atrás do prejuízo.
O Rali do México - a prova que se segue, ainda não servirá totalmente de barómetro, mas já teremos mais algumas certezas relativamente onde se situará os três principais candidatos ao título. Se tradicionalmente falando, quem ali abrir a estrada, perde em média entre 40 a 50 seg. no primeiro dia para os mais rápidos, ou seja, dos que saem mais cá para trás, a redução em cerca de 40 kms em troços cronometrados comparativamente ao programa de 2018 (de 157.68 para 115.33 km) não será tão penalizante para ambos os três em termos de cronometro.
Mas a prova mexicana costuma ser parca em muitas incidências: desde furos, à falta de potência dos motores turbo à grande altitude e positivamente, outros pilotos de nomeada a se intrometerem na luta pela vitória. E é neste aspecto que os "outros": Kris Meeke, Dani Sordo, Andreas Mikkelsen, Jari-Matti Latvala e Esapekka Lappi terão uma oportunidade de ouro para tentarem conquistar uma vitória na temporada, desde que - a existir essa possibilidade, não "atrapalhem" as contas dos seus "chefes de equipa". Isentos de tal premissa estarão Teemu Suninen e Elfyn Evans que só dependem de si para que a M-Sport não seja pela terceira vez consecutiva a menos produtiva (leia-se em termos pontuais) do plantel. Rapidez não parece faltar aos Ford Fiesta mas a consistência de ambos - ou a falta dela, tarda em chegar...
O domínio exercido pelos VW Polo GTI R5 nos Ralis de inverno disputados esta época em toda a Península Escandinava, eram um prenuncio de que o mais recente R5 da nova geração seriam reis e senhores na Rali da Suécia. E foram!
Qual "Troféu das Nações", a Noruega que se fazia "representar" por Ole Christian Veiby, a Finlândia por Emil Lindholm e Johan Kristoffersson a defender as cores da "casa", colocaram em prática o que têm revelado nos respectivos Campeonatos nacionais: um superior domínio dos VW Polo face (sobretudo) aos seus primos mais velhos Skoda Fabia!
Vencendo 17 dos 19 troços do programa, Veiby fez valer toda a sua rapidez e maior experiência no Mundial comparativamente aos seus rivais, triunfando na "2" com mais de dois minutos de vantagem sobre Lindholm, que herdou a segunda posição após a desistência por despiste do seu compatriota Jari Huttunen (Skoda Fabia R5) na penúltima especial.
E como não há duas sem três, o bi-campeão mundial de Rallycross Johan Kristoffersson fechou os lugares do pódio, totalmente pintado de "azul". Kristoffersson durante grande parte da prova ocupou a segunda posição até que uma saída de estrada levou-lhe a perder quase 2 minutos.
Por Carlos da Silva
Os sete melhores tempos em especiais registados no Rallye de Monte-Carlo, o ritmo imprimido logo após o seu furo na prova monegasca e a sensação que é de momento o piloto mais rápido do plantel, a bordo de um carro que respira muita "saúde" em qualquer superfície que pise, dão-lhe garantias de sobra para o que ainda aí vem. Mesmo que ainda de forma muito prematura, arriscaria-se dizer que ele é a partir de agora que poderá ser principal alvo a abater?
Thierry Neuville (Hyundai) ficou a somente 2,2 seg. da vitória em Monte-Carlo e na Suécia "pisou" o risco por 3 vezes mas sem no entanto, "plantar" o carro sul-coreano na neve, ao contrário do seu arqui-rival Sebastien Ogier. Teve em Esapekka Lappi uma adversidade que certamente não estaria - para já, a contar com o piloto da Citroen a ter espaços uma preciosa ajuda de Ogier que certamente a seu tempo ser-lhe cobrada.
O Campeão do Mundo que vinha de uma suada vitória no "Monte" na sua estreia com o C3 WRC, estava a fazer uma prestação muito semelhante à de Neuville, até que uma saída de estrada numa zona sem público, "garantiu-lhe" automaticamente o primeiro resultado quase em branco numa prova desta temporada. É certo que tem os mesmos 31 pontos que tinha no ano passado e Neuville apenas menos um, mas Tanak tem mais 28, logo terão que correr atrás do prejuízo.
O Rali do México - a prova que se segue, ainda não servirá totalmente de barómetro, mas já teremos mais algumas certezas relativamente onde se situará os três principais candidatos ao título. Se tradicionalmente falando, quem ali abrir a estrada, perde em média entre 40 a 50 seg. no primeiro dia para os mais rápidos, ou seja, dos que saem mais cá para trás, a redução em cerca de 40 kms em troços cronometrados comparativamente ao programa de 2018 (de 157.68 para 115.33 km) não será tão penalizante para ambos os três em termos de cronometro.
Mas a prova mexicana costuma ser parca em muitas incidências: desde furos, à falta de potência dos motores turbo à grande altitude e positivamente, outros pilotos de nomeada a se intrometerem na luta pela vitória. E é neste aspecto que os "outros": Kris Meeke, Dani Sordo, Andreas Mikkelsen, Jari-Matti Latvala e Esapekka Lappi terão uma oportunidade de ouro para tentarem conquistar uma vitória na temporada, desde que - a existir essa possibilidade, não "atrapalhem" as contas dos seus "chefes de equipa". Isentos de tal premissa estarão Teemu Suninen e Elfyn Evans que só dependem de si para que a M-Sport não seja pela terceira vez consecutiva a menos produtiva (leia-se em termos pontuais) do plantel. Rapidez não parece faltar aos Ford Fiesta mas a consistência de ambos - ou a falta dela, tarda em chegar...
O domínio exercido pelos VW Polo GTI R5 nos Ralis de inverno disputados esta época em toda a Península Escandinava, eram um prenuncio de que o mais recente R5 da nova geração seriam reis e senhores na Rali da Suécia. E foram!
Qual "Troféu das Nações", a Noruega que se fazia "representar" por Ole Christian Veiby, a Finlândia por Emil Lindholm e Johan Kristoffersson a defender as cores da "casa", colocaram em prática o que têm revelado nos respectivos Campeonatos nacionais: um superior domínio dos VW Polo face (sobretudo) aos seus primos mais velhos Skoda Fabia!
Vencendo 17 dos 19 troços do programa, Veiby fez valer toda a sua rapidez e maior experiência no Mundial comparativamente aos seus rivais, triunfando na "2" com mais de dois minutos de vantagem sobre Lindholm, que herdou a segunda posição após a desistência por despiste do seu compatriota Jari Huttunen (Skoda Fabia R5) na penúltima especial.
E como não há duas sem três, o bi-campeão mundial de Rallycross Johan Kristoffersson fechou os lugares do pódio, totalmente pintado de "azul". Kristoffersson durante grande parte da prova ocupou a segunda posição até que uma saída de estrada levou-lhe a perder quase 2 minutos.
VENCEDORES DE TROÇOS:
Thierry Neuville (2); Ott Tänak (6); Teemu Suninen (1); Elfyn Evans (3); Teemu Suninen (1); Jari Huttunen (1); Jari-Matti Latvala (2); Sébastien Ogier (3)
LÍDERES DO RALLY:
Thierry Neuville (SS1); Ott Tänak (SS2 a 4); Jari-Matti Latvala (SS5); Teemu Suninen (SS6 a 8); Ott Tänak (SS9 a 19)
POWER STAGE:
1º Ott Tänak; 2º Thierry Neuville; 3º Elfyn Evans; 4º Sébastien Ogier; 5º Esapekka Lappi
67º RALLY SWEDEN
PRINCIPAIS ABANDONOS:
46 Jari Huttunen / Antti Linnaketo (FI) Skoda Fabia R5 (acidente na SS18)
26 Eerik Pietarinen / Juhana Raitanen (FI) Skoda Fabia R5 (acidente na SS19)
41 Takamoto Katsuta / Daniel (JP/GB) Skoda Fabia R5 (acidente na SS19)
41 Takamoto Katsuta / Daniel (JP/GB) Skoda Fabia R5 (acidente na SS19)
PONTUAÇÕES:
PILOTOS WRC:
1º Ott Tänak (47); 2º Thierry Neuville (40); 3º Sébastien Ogier (31); 4º Kris Meeke (21); 5º Esapekka Lappi (19); 6º Sébastien Loeb (18); 7º Elfyn Evans (13); 8º Andreas Mikkelsen; 9º Jari-Matti Latvala (10); 10º Gus Greensmith (6); 11º Yoann Bonato e Pontus Tidemand (4); 13º Stéphane Sarrazin e Ole Christian Veiby (2); 15º Adrien Fourmaux, Teemu Suninen Janne Tuohino (1)
CONSTRUTORES WRC:
1º TOYOTA GAZOO RACING WRT (58)
2º HYUNDAI SHELL MOBIS WRT (57)
3º CITROEN TOTAL WRT (47)
4º M-SPORT FORD WRT (30)
PILOTOS WRC2 PRO:
1º Gus Greensmith (40); 2º Kalle Rovanperä (36); 3º Mads Østberg (25); 4º Łukasz Pieniążek (12)
CONSTRUTORES WRC2 PRO:
1º M-SPORT FORD WRT (40)
2º SKODA MOTORSPORT (36)
3º CITROEN TOTAL WRT (25)
3º CITROEN TOTAL WRT (25)
PILOTOS WRC2:
1º Ole Christian Veiby (40); 2º Yoann Bonato (25) 3º Adrien Fourmaux e Emil Lindholm (18); 5º Johan Kristoffersson (15); 6º Rhys Yates (13); 7º Emil Bergkvist (12); 8º Nicolas Ciamin e Nikolay Gryazin (10); 10º Manuel Villa e Eyvind Brynildsen (8); 12º Henning Solberg (6); 13º Patrik Flodin (4); 14º Mattias Monelius
PILOTOS JWRC:
1º Tom Kristensson (25); 2º Roland Poom (18); 3º Jan Solans (15); 4º Tom Williams (12); 5º Jean Jonnston (10); 6º Mārtiņš Sesks (8); 7º Enrico Oldrati (6); 8º Dennis Rådström (4); 9º Fabrizio Zaldivar (2); 10º Ken Torn (1)
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