WEB RALLY: ERC - Azores Airlines Rallye 2017

DIA 1

Bastaram pouco menos de 19 minutos de troços no Azores Arilines Rallye para que os "europeus" Kajetanowicz e Lukyanuk abrissem o livro, cavando ambos quase 14 segundos de vantagem para Ricardo Moura, que é não só o melhor português, como praticamente o único "outsider" deste rally.

FONTE: ralisonline.net

O polaco e o russo geriam o ritmo de corrida em função das suas estratégias e ficava para já, a ideia de que não existiam adversários para estes dois pilotos. Contudo, faltava muito rally e o ritmo que ambos irião imprimir às suas provas poderia trazer benefícios a terceiros.

Moura estava bem posicionado para isso, mas destaque para a prestação de Sirmacis, com uma excelente quarta posição, que nem deixou o piloto particularmente satisfeito (esperava mais), contrastando com Bruno Magalhães a dizer-se surpreendido por estar a 5,7s de Moura e conseguir desde início estar no ritmo do açoriano.

Nas contas do Nacional de Ralis, Carlos Vieira era o terceiro classificado, seguido por Miguel Barbosa, com ambos a travar uma boa luta, João Barros no quinto lugar a denotar algumas dificuldades para andar ao nível que já nos habituou, o que também sucedendo com Pedro Meireles, com um dia para esquecer.

DIA 2

Estava longe de estar terminada e resolvida desportivamente a edição 2017 do Azores Airlines Rallye, mesmo se o despiste de Kajetanowicz, logo no primeiro troço do segundo dia, tivesse deixado a entender isso, assim como a vantagem que Lukyanuk no final da primeira secção do dia (com mais de 40s de vantagem para o segundo classificado).

A verdade é que o russo, sem adversários, apostou mesmo assim numa toada rápida, que lhe viria a custar 20s devido a um furo (a meio do dia) e quase a liderança da prova, quando no derradeiro troço fez mais um excesso e deixou marcas bem evidentes no seu Ford.

Gerir não é para Lukyanuk, pelo que a tremenda luta entre Bruno Magalhães e Ricardo Moura, poderia até nem vir a ser a luta pelo segundo lugar!!!

Bruno Magalhães vinha a fazer um rally em crescendo, o que se traduziu em duas vitórias em troços, enquanto Moura se desculpou com problemas de tração no Fiesta (para além dos furos), mesmo estando em terceiro, a seis segundos do seu colega de equipa na ARC.

Gryazin e Griebel, cada um com as suas incidências de provas, estavam na luta pelo quarto lugar, separados por 2,8s, estando o restante peletão já muito longe dos primeiros lugares.

Nas contas do Campeonato Nacional, Magalhães e Moura eram os primeiros, enquanto Carlos Vieira era o terceiro classificado, estando a fazer uma prova muito interessante, mesmo frente a pilotos com mais experiência nesta prova, como é o caso de Pedro Meireles e João Barros, a realizarem provas abaixo das expectativas.

DIA 3

Depois de um período conturbado na sua carreira após o Vinho da Madeira de 2016, Bruno Magalhães não poderia ter melhor regresso à modalidade, obtendo no Azores Airlines Rallye uma excelente vitória, na estreia ao volante do Skoda Fabia R5, sendo a terceira nos Açores.

Demonstrando que merece o seu lugar "europeu", Bruno Magalhães fez uma prova muito inteligente, pois na primeira fase do rally não correu risco ao mesmo tempo que foi colocando o Skoda a seu gosto, para depois atacar a posição de Moura quando se apercebeu que o açoriano estava em dificuldades com o seu Fiesta R5.

É certo que beneficiou da desistência de Lukyanuk, que ameaçou diversas vezes o abandono, que aconteceu na primeira passagem na Tronqueira, quando bateu numa pedra que abriu a direção ao Fiesta, mas Bruno Magalhães já estava na frente de Moura quando este também teve que abandonar em plena Lagoa de São Brás com um problema numa polie.

Ainda se perspetivou um final de rally emocionante entre Magalhães e Moura, que infelizmente não aconteceu, com o piloto do Skoda a fazer os dois derradeiros troços mesmo assim, a um ritmo elevado, mas já sem pressão.

Com tanta desistência, as posições no pódio foram sendo ocupadas por pilotos que nunca estiveram na luta por esses lugares. Marijan Griebel subiu assim ao segundo lugar, ao volante do Skoda, enquanto no pódio aparece também Josh Moffett num Fiesta R5, a quase 5 minutos do líder, depois de um rally em que nunca foram protagonistas, beneficiando do despiste no penúltimo troço de Jan Cerny.

Com a sexta posição, Pedro Meireles fica no segundo lugar entre os concorrentes portugueses, mesmo depois de uma prova algo apagada, somando um excelente resultado para as contas do nacional e ralis.

João Barros terminou o rali no 8º lugar, sendo o terceiro português, ficando na frente de Carlos Vieira que no primeiro troço do derradeiro dia teve uma saída de estrada que o fez perder duas posições. Com este resultado João Barros passou para a liderança do Nacional de Ralis.

Para o Campeonato dos Açores, Luís Miguel Rego, acabou por ser o melhor, mesmo depois de uma prova em que os travões foram um problemas, enquanto Ruben Rodrigues, na estreia do DS3 R5, apesar de alguns azares demonstrou uma excelente adaptação, somando já um segundo lugar.

Nas duas rodas motrizes nacionais Gil Antunes leva dos Açores uma vitória, mesmo depois de um rally com muitas incidências e duas penalizações.

VENCEDORES DE TROÇOS:

Alexey Lukyanuk (6); Ricardo Moura (1); Kajetan Kajetanowicz (4); Nikolay Gryazin (1); Bruno Magalhães (3); Marijan Griebel (1)

LÍDERES DO RALLY:

Alexey Lukyanuk (SS1); Ricardo Moura (SS2); Alexey Lukyanuk (SS3); Kajetan Kajetanowicz (SS4); Alexey Lukyanuk (SS5 a 11); Bruno Magalhães (SS12 a 16)