fonte: ralisonline.net
Ao longo do dia a maior diferença entre os cinco primeiros foi de 19,5s, o que demonstra bem o ritmo que Bruno Magalhães, José Pedro Fontes, Miguel Campos, Alexandre Camacho e Miguel Nunes imprimiram.
Depois da vitória de Ricardo Moura na Super-especial, o piloto açoriano nunca entrou no ritmo dos seus adversários, sendo Miguel Campos o primeiro a abrir as hostilidades. Porém, um problema de travões e de um rolamento no Skoda de Campos no terceiro troço (que quase o fez desistir), permitiu a Bruno Magalhães saltar para liderança da prova, revelando que o tempo que esteve parado não influenciou a sua prestação.
Sem vencer troços na fase inicial do rali, José Pedro Fontes foi sempre muito regular, o que lhe permitiu ser a sombra de Bruno Magalhães ao longo do dia. Os troços de noite acabaram por ser uma preocupação adicional, já que o tempo perdido foi significativo face ao que se tinha registado ao longo do dia, levando o piloto a perder o segundo lugar no derradeiro troço (perdeu muito mais tempo nos dois derradeiros troços do que em toda a etapa).
Campos voltava a ter problemas, neste caso com a bomba de gasolina, que condicionou a sua prestação a meio da etapa, perdendo tempo para os seus adversários, caindo para o quinto lugar.
Miguel Nunes e Alexandre Camacho não começaram tão bem o rali, mas tiveram a capacidade de não perder demasiado tempo no início da etapa. Com os troços a decorrer os tempos foram melhorando (assim que foram colocando os carros a seu gosto), e com a chegada da noite foram mesmo dos pilotos mais rápidos em prova, já que o conhecimento dos troços fez toda a diferença, levando o piloto do Peugeot 208 ao segundo lugar.
Para além de Moura, também Pedro Meireles não esteve bem, e não conseguiu de todo acompanhar o ritmo dos cinco primeiros, estando já muito longe de entrar no top 5.
Ricardo Moura (1); Miguel Campos (3); Bruno Magalhães (2); José Pedro Fontes (1); Alexandre Camacho (2); Miguel Nunes (1)
LÍDERES DO RALLY:
Ricardo Moura (SS1); Miguel Campos (SS2); Bruno Magalhães (SS3 a SS11)
Aquilo que teria sido uma tremenda prova de ralis, acabou por ser um dos casos mais polémicos que um colégio de comissários vai ter pela frente.
Uma pedra supostamente colocada na estrada por alguém ou que caiu da barreira, levou Bruno Magalhães a ter uma saída de estrada. Os pilotos que se seguiram foram mandados parar (existe um video que mostra isso). Depois disso, Bruno Magalhães seguiu em prova tal como os restantes pilotos. Resta por isso esperar pela decisão de Colégio de Comissários, para saber que decisão toma, que poderá ter influencia desportiva.
Desportivamente Bruno Magalhães fez uma prova excelente, comandando quase todo o rali, mesmo que a margem para o segundo classificado nunca tenha sido grande. Não se notou que o piloto estivesse parado há 9 meses, nem se notou falta de adaptação ao Fiesta R5, somando assim a quinta vitória nesta prova.
Na última especial, José Pedro Fontes conseguiu obter o segundo lugar à geral no derradeiro, aproveitando alguma desconcentração de Alexandre Camacho (depois dos acontecimentos do penúltimo troço), depois de um segundo dia em que ambos os pilotos tudo fizeram para tentar aproximar-se de Bruno Magalhães.
Fontes conseguiu ainda nova vitória no Nacional de Ralis, a terceira desta temporada, aumentando ainda mais a sua vantagem no Nacional de Ralis, dando talvez uma passo decisivo rumo ao título.
Quem não acompanhou o ritmo dos três primeiros foram Miguel Nunes e Miguel Campos. Qualquer dos dois pilotos não entrou no ritmo dos seus adversários e ambos foram perdendo segundos e com as suas posições definidas. Para Miguel Campos foi o segundo lugar do Nacional de Ralis.
No sexto lugar, com uma prova demasiado macia, depois da exibição exuberante dos Açores, Ricardo Moura terminou com a malapata dos acidentes nesta prova, ficando no pódio do Nacional de Ralis.
Pedro Meireles foi quarto do nacional e sétimo da geral, começando o dia a ter problemas para colocar o carro a trabalhar, penalização mais de um minuto, que no fundo o fez perder um lugar no final do rali.
Destaque para o despiste de Carlos Vieira, que arrancou duas rodas ao Citroen, terminando uma prova onde estava a ter uma boa adaptação.
Gil Freitas venceu entre os concorrentes do Campeonato da Madeira de Ralis, com o seu Porsche, terminando finalmente um rali sem grandes percalços.
João Silva venceu as duas rodas motrizes, neste seu regresso esporádico com um Clio R3, tendo Gil Antunes vencido nas contas do Nacional de Ralis. Ficando em 4º lugar, Paulo Neto é o novo líder das duas rodas motrizes no Nacional de Ralis.
De acordo com a decisão do Colégio de Comissários Desportivos do Rali Vinho Madeira, depois de ouvir os pilotos e ver as imagens, foi decidido atribuir uma penalização de 35 segundos a Bruno Magalhães.
Desta forma, o piloto do Fiesta R5, desce da primeira para a quarta posição, permitindo que José Pedro Fontes vença a prova, ficando Alexandre Camacho e Miguel Nunes em segundo e terceiro classificados.
Ricardo Moura (1); Miguel Campos (3); Bruno Magalhães (5); José Pedro Fontes (5); Alexandre Camacho (4); Miguel Nunes (1)
LÍDERES DO RALLY:
Ricardo Moura (SS1); Miguel Campos (SS2); Bruno Magalhães (SS3 a SS19)
57º RALI VINHO DA MADEIRA
1. José Pedro Fontes / Inês Ponte (PRT) Citroën DS3 R5 2:03.02,4
2. Alexandre Camacho / Pedro Calado (PRT) Peugeot 208 T16 +1,0
3. Miguel Nunes / João Paulo Fernandes (PRT) Ford Fiesta R5 +27,8
4. Bruno Magalhães / Hugo Magalhães (PRT) Ford Fiesta R5 +29,3 (PEN. +35s)
5. Miguel Campos / Vitor Calado (PRT) Skoda Fabia R5 +40,6
6. Ricardo Moura / Antonio Costa (PRT) Ford Fiesta R5 +02.38,8
7. Pedro Meireles / Mário Castro (PRT) Skoda Fabia R5 +03.09,8
8. Romain Dumas / Denis Giraudet (FRA) Porsche 997 GT3 RS 4.0 RGT +03.12,5
9. Miguel Barbosa / Miguel Ramalho (PRT) Skoda Fabia R5 +04.52,5
10. Elias Barros / Ricardo Faria (PRT) Ford Fiesta R5 +05.17,9
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