domingo, 20 de setembro de 2015

PORTUGAL - Rallye de Mortágua 2015

Num dia tórrido e troços com muito pó, o Rali de Mortágua teve emoção Q.B. não tanto na luta pela vitória mas pela incerteza gerada por tantos acontecimentos.







Com uma decisão absurda de fazer passar os concorrentes de 3 em 3 minutos que fez a prova perder muito ritmo competitivo, José Pedro Fontes comandou nas três primeiras especiais dando a entender que caminhava para um triunfo imperial na prova e no campeonato.

Porém, tudo se complicou, na quarta especial, quando o Citroën DS3 R5 ao terceiro quilómetro da especial, descolou o pneu obrigando Fontes a parar e a perder quase três minutos para o mudar. De forma involuntária o pó deixado no ar por Fontes prejudicou Ricardo Moura que acabaria por perder um minuto nesse troço e dessa forma deixar de ter hipóteses de lutar pela vitória à geral.

Mesmo assim, Moura tudo fez para recuperar terreno, tendo vencido duas especiais, conseguindo chegar ao terceiro lugar da geral, ficando a apenas 0,5 do segundo lugar, o que seria excelente nas contas do campeonato.

Porém, na quinta especial deu-se novo golpe de teatro, quando Fontes ficou sem travões no DS3 que o obrigaram mesmo a abandonar na ligação (chegou a capotar na ligação por falta de travões).

Desta forma tudo muda para o Rali Casinos do Algarve, com Fontes a liderar o Campeonato por 8 pontos, estando ainda tudo em aberto no Nacional.

Apesar de todas estas incidências, Pedro Meireles sempre muito concentrado e rápido, assumiu a liderança na 4º especial e geriu a sua vantagem até ao final da prova, mesmo tendo vencido apenas um troço, estreando da melhor forma o Fabia R5 na terra e regressou ainda aos triunfos, depois de um jejum de mais de um ano.

Não menos interessante foi o segundo lugar de Carlos Martins no Fabia S2000. Sempre com uma condução muito certa e rápida, Martins fez mais uma exibição de gala, provando que precisa de um R5 para lutar pela vitórias.

O piloto do rali foi, contudo, Carlos Vieira. Na estreia em terra e ao volante de um Fiesta R5, Vieira venceu um troço e demonstrou mais uma vez que nasceu para o "volante", fazendo um grande rali.

João Barros viu o motor do seu Fiesta R5 ter um problema que não lhe permitiu seguir em prova, quando estava a pouco mais de 8s da liderança do rali e por certo que tudo iria tentar para vencer.

Depois de uma época sempre azarada, Diogo Salvi veio a Mortágua cheio de garra para obter um bom resultado e dar espetáculo. Falta-lhe um pouco de rapidez, mas com cabeça poderá evoluir no futuro.

Na luta pelas duas rodas motrizes também houve emoção, tanto mais que Paulo Neto teve um rali para esquecer. O piloto do DS3 capotou e perdeu quase todas as chances de ser campeão, enquanto a Vitória de João Ruivo o atira para segundo lugar do campeonato e ainda com boas possibilidades de ser campeão.

Muito tranquilo esteve Marco Cid. Foi segundo classificado e geriu sempre o seu andamento para ficar no segundo lugar e ganhar uma enorme vantagem que lhe permitirá encarar o Rali Casinos do Algarve com os olhos postos no título.

Miguel Carvalho venceu entre os RC4 de uma forma categorica que lhe permitiu conquistar o título nacional neste Grupo, enquanto Manuel castro foi o melhor na RC2N, assegurando o vice-campeonato.

Em Mortágua houve rali até bem depois da prova terminar. Foi feita uma exposição por parte da ARC ao colégio de comissários, devido ao tempo perdido por Ricardo Moura na 4ª especial do rali, depois de ter rodado no pó do atrasado José Pedro Fontes. Como era de esperar a classificação final foi confirmada sem que tivesse havido quaisquer alterações.

Por muitos bem diferentes, José Pedro Fontes e Ricardo Moura, não saíram satisfeitos de Mortágua. Se Moura reclamava as condições em que rodou no 4º troço e que lhe roubaram, segundo o piloto, uma vitória quase certa, já José Pedro Fontes teve que aguentar a pressão quando um pneu do Citroen DS3 saiu da jante e o fez perder quase 3 minutos quando o foi substituir. O insólito acabou por acontecer quando ficou sem travões na 6º especial, nem parando no controlo de tempos, para pouco depois tombar o Citroen DS3 R5 depois de ter subido um morro, acabando por desistir.

VENCEDORES DE TROÇOS:
José Pedro Fontes (3); Pedro Meireles (1); Carlos Vieira (1); Ricardo Moura (2)
LÍDERES DO RALLY:
José Pedro Fontes (SS1 a 3); Pedro Meireles (SS4 a 7)

RALLYE DE MORTÁGUA
1º Pedro Meireles / Mário Castro (PRT) Skoda Fabia R5 1:14:11,3
2º Carlos Martins / Daniel Amaral (PRT) Skoda Fabia S2000 +35,2
3º Ricardo Moura / António Costa (PRT) Ford Fiesta R5 +35,7
4º Carlos Vieira / Luis Ramalho (PRT) Ford Fiesta R5 +01:12,2
5º Diogo Salvi / Paulo Babo (PRT) Ford Fiesta R5 +01:32,8
6º Joaquim Alves / Pedro Alves (PRT) Skoda Fabia S2000 +04:13,6
7º Manuel Castro / Luis Costa (PRT) Mitsubishi Lancer Evo IX +05:17,4
8º João Ruivo / João Peixoto (PRT) Renault Clio R3 +07:00,6
9º Marco Cid / Nuno Rodrigues da Silva (PRT) Renault Clio R3 +10:29,8
10º Elias Barros / Ricardo Faria (PRT) Ford Fiesta R5 +10:33,5

PRINCIPAIS ABANDONOS:
6 Miguel Nunes / João Paulo (PRT) Mitsubishi Lancer Evo X (catalisador após SS7)
2 José Pedro Fontes / Miguel Ramalho (PRT) Citroën DS3 R5 (travões após SS6)
4 João Barros / Jorge Henriques (PRT) Ford Fiesta R5 (motor na SS5)
12 Paulo Neto / Vitor Hugo (PRT) Citroën DS3 R3T Max (danos de acidente após SS3)

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